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Lição da Escola Sabatina
Nenhuma condenação
VERSO PARA MEMORIZAR: “Agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8:1).

LEITURAS DA SEMANA: Rm 8:1-17

Romanos 8 é a resposta de Paulo a Romanos 7. No capítulo 7, Paulo falou de frustração, fracasso e condenação. No capítulo 8 a condenação desaparece. Ela é substituída pela liberdade e vitória por meio de Jesus Cristo.
Em Romanos 7, Paulo afirmou que, se nos recusarmos a aceitar Jesus Cristo, teremos uma experiência miserável. Seremos escravos do pecado, incapazes de realizar o que escolhemos fazer. Em Romanos 8, ele disse que Cristo Jesus nos oferece libertação do pecado e a liberdade de fazer o bem que desejamos; porém, nossa carne não permite.
Paulo continuou explicando que essa liberdade foi comprada a um custo infinito. Cristo, o Filho de Deus, tornou-Se humano. Somente assim Ele pôde Se identificar conosco, ser nosso exemplo perfeito e Se tornar o Substituto que morreu em nosso lugar. Ele veio “em semelhança de carne pecaminosa” (Rm 8:3). Como resultado, as justas exigências da lei podem ser cumpridas em nós (Rm 8:4). Em outras palavras, Cristo tornou possível aos que creem a vitória sobre o pecado, bem como o cumprimento dos requisitos positivos da lei, não como meio de salvação, mas como resultado dela. A obediência à lei não foi nem jamais pode ser meio de salvação. Essa foi a mensagem de Paulo e de Lutero, e ela deve ser a nossa também.
Sábado à Tarde
Ano Bíblico: 1Co 14–16
Ano Bíblico: 2Co 1–4
Domingo
Em Jesus Cristo

1. Em Romanos 8:1, o  que significa “nenhuma condenação”? Por que isso é uma boa notícia? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Cristo nos livra da penalidade do pecado.
B.( ) Não somos condenados por causa das nossas boas obras.

“Em Cristo Jesus” é uma expressão comum nos escritos paulinos. Estar “em” Cristo Jesus significa aceitá-lo como Salvador. Confiamos nEle completamente e decidimos fazer do estilo de vida dEle o nosso estilo de vida. O resultado é uma íntima união pessoal com Jesus.
A expressão “em Cristo Jesus” é contrastada com as palavras “na carne”. Ela também é contrastada com a experiência detalhada no capítulo 7, em que Paulo descreveu a pessoa condenada (antes de sua entrega a Cristo) como alguém carnal, significando que ela é uma escrava do pecado. Essa pessoa está sob a condenação da morte (Rm 7:11, 13, 24). Ela serve à “lei do pecado” (Rm 7:23, 25). Está em um terrível estado de miséria (Rm 7:24).
Mas essa pessoa se rende a Jesus e uma mudança imediata ocorre em seu status diante de Deus. Anteriormente condenada como transgressora da lei, ela agora se encontra perfeita diante do Senhor como se nunca tivesse pecado, pois a justiça de Jesus Cristo a cobre completamente. Não há mais condenação, não porque a pessoa seja irrepreensível, sem pecado ou digna de vida eterna (ela não é), mas porque o registro da vida perfeita de Jesus toma o lugar do registro da pessoa; portanto, não há condenação.
Mas a boa notícia não termina aí.

2. De acordo com Romanos 8:2, o que liberta alguém da escravidão do pecado? Assinale a alternativa correta
A.( ) A lei do Espírito da Vida, em Cristo Jesus.
B.( ) O cumprimento da lei cerimonial.

Nesse verso, a “lei do Espírito da vida” significa o plano de Cristo para salvar a humanidade, em contraste com a “lei do pecado e da morte”, que foi descrita no capítulo 7 como a lei pela qual o pecado governou, sendo o fim desta a morte. Em vez disso, a lei de Cristo traz vida e liberdade.

“Toda pessoa que se recusa a entregar-se a Deus, acha-se sob o domínio de outro poder. Não pertence a si mesma. Pode falar de liberdade, mas está na mais vil servidão […]. Enquanto se lisonjeia de seguir os ditames de seu próprio discernimento, obedece à vontade do príncipe das trevas. Cristo veio quebrar as algemas que prendem a pessoa na escravidão do pecado” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 466). Você é um escravo ou está livre em Cristo?
Ano Bíblico: 2Co 5–7
Segunda-feira
O que a lei não pode fazer

Por melhor que seja, a “lei” não pode fazer por nós aquilo de que mais necessitamos: providenciar o meio de salvação para nos livrar da condenação e da morte que o pecado trouxe (isso se aplica à lei cerimonial, moral ou até mesmo ambas). Para ser libertados, precisamos de Jesus.

3. Leia Romanos 8:3, 4 e complete as lacunas. O que Cristo fez que a lei, por sua própria natureza, não pode fazer?
“Porquanto o que fora _________ à lei, no que estava enferma pela _________, isso fez Deus enviando o Seu próprio _________ em semelhança de carne _____________ e no tocante ao pecado; e, com efeito, ____________ Deus, na carne, o pecado, a fim de que o ____________ da lei se cumprisse em nós, que não _________ segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

Deus providenciou um remédio, “enviando o Seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa”, e “condenou, na carne, o pecado”. A encarnação de Cristo
foi um passo importante no plano da salvação. É apropriado exaltar a cruz, mas, na realização do plano de salvação, a vida de Cristo “em semelhança de carne pecaminosa” também foi extremamente importante.
Como resultado do que Deus fez ao enviar Cristo, podemos cumprir os justos requisitos da lei; isto é, fazer as coisas justas que a lei exige. “Debaixo da lei” (Rm 6:14) isso era impossível; “em Cristo”, agora é possível.
No entanto, devemos lembrar de que fazer o que a lei exige não significa guardá-la suficientemente bem para ganhar a salvação. Isso não é uma opção, e nunca foi. Significa simplesmente viver segundo a capacidade que Deus nos dá; ter uma vida de obediência, em que crucificamos “a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5:24), uma vida na qual refletimos o caráter de Cristo.
“Andar”, em Romanos 8:4, é uma expressão idiomática que significa “conduzir-­se”. A palavra carne denota, nesse verso, a pessoa não regenerada, seja antes ou depois da convicção. Andar segundo a carne é ser controlado por desejos egoístas.
Por outro lado, andar segundo o Espírito é cumprir o justo requisito da lei. Apenas mediante o auxílio do Espírito Santo podemos cumprir essa exigência. Somente por meio de Cristo Jesus há liberdade para fazer o que a lei exige. À parte de Cristo, não existe essa liberdade. Aquele que é escravo do pecado acha impossível realizar o bem que ele escolhe fazer (veja Rm 7:15, 18).

Você tem guardado a lei? Deixando de lado a ideia de ganhar a salvação pela lei, a “justiça da lei” é cumprida em sua vida? Se não, por quê? Quais desculpas esfarrapadas você tem dado para justificar seu comportamento?
Ano Bíblico: 2Co 8–10

Terça-feira
A carne ou o Espírito

4. “Os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz” (Rm 8:5, 6). Reflita sobre esse texto. Qual é sua mensagem básica? O que ele lhe revela sobre sua maneira de viver?

Nessa passagem, o termo “inclinam” é usado no sentido de “conforme, de acordo com” (kata, em grego). “Cogitam” significa, nesse verso, “pensar em alguma coisa”. Um grupo de pessoas pensa em realizar os desejos naturais; o outro fixa a mente nas coisas do Espírito, a fim de seguir Suas ordens. Visto que a mente determina as ações, os dois grupos vivem e agem de maneira diferente.

5. De acordo com Romanos 8:7, 8, o que a mente carnal é incapaz de fazer?
Assinale a alternativa correta:
A.( ) Levar-nos à perdição.
B.( ) Agradar a Deus.

Concentrar-se na satisfação dos desejos da carne é, na realidade, estar em estado de inimizade contra Deus. Aquele cujo pensamento é esse, não se preocupa em fazer a vontade do Senhor. Ele pode até estar em rebelião contra Deus, desprezando abertamente Sua lei.
Paulo desejava enfatizar especialmente que, se você está separado de Cristo, é impossível guardar a lei de Deus. Paulo retornou a esse tema repetidas vezes: não importa quanto tentemos, à parte de Cristo, não podemos obedecer à lei.
O propósito especial de Paulo era convencer os judeus de que eles precisavam de algo mais do que sua “Torá” (lei). Por sua conduta, eles mostraram que, embora tivessem a revelação divina, eram culpados dos mesmos pecados dos gentios (Rm 2). A grande lição era que eles precisavam do Messias. Sem Ele, seriam escravos do pecado, incapazes de escapar de seu domínio.
Essa foi a resposta de Paulo aos judeus que não conseguiam entender por que o que Deus lhes havia concedido no Antigo Testamento já não era mais suficiente para a salvação. Paulo admitiu que tudo o que eles estavam fazendo era bom, mas que eles também precisavam aceitar o Messias que tinha vindo.

Pense em suas últimas 24 horas. Suas ações foram guiadas pelo Espírito ou pelas paixões da carne? O que sua resposta lhe revela? Quais mudanças você deve fazer? Como fazê-las?
Quarta-feira
Ano Bíblico: 2Co 11–13

Cristo em você

Paulo continuou seu tema contrastando as duas possibilidades que as pessoas têm em sua maneira de viver. Ou elas vivem de acordo com o Espírito, isto é, o Espírito Santo de Deus prometido a nós, ou de acordo com sua natureza pecaminosa e carnal. Uma leva à vida eterna, a outra, à morte eterna. Não há meio-­termo. Ou, como o próprio Jesus disse: “Quem não é por Mim é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12:30). É difícil ser mais claro do que isso.

6. Leia Romanos 8:9-14. O que é prometido aos que se entregam inteiramente a Cristo?

A vida “na carne” é contrastada com a vida “no Espírito”. O que vive “no Espírito” é dominado pelo Espírito de Deus, o Espírito Santo. Nesse capítulo, Ele é chamado de Espírito de Cristo, talvez no sentido de que Ele é um representante de Cristo, e por meio dEle Cristo habita no cristão (Rm 8:9, 10).
Nesses versículos, Paulo retornou a uma figura que usou em Romanos 6:1-11. Figurativamente, no batismo, “o corpo do pecado”, isto é, o corpo que serviu ao pecado, é destruído. O nosso velho homem é crucificado com Jesus (Rm 6:6). Contudo, não há apenas um sepultamento, mas também uma ressurreição. A pessoa batizada se levanta para andar em novidade de vida. Isso significa matar o velho eu, uma escolha que temos que fazer por nós mesmos diariamente, momento a momento. Deus não destrói a liberdade humana. Mesmo depois que o velho homem do pecado é destruído, ainda é possível pecar. Para os colossenses, Paulo escreveu: “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria” (Cl 3:5).
Portanto, após a conversão, ainda haverá uma luta contra o pecado. A diferença é que a pessoa em quem o Espírito habita agora tem o poder divino para vencer. Além disso, visto que ela foi libertada da escravidão do pecado de modo miraculoso, torna-se constrangida a jamais voltar a servi-lo.

O Espírito de Deus, que ressuscitou Jesus, habita em nós, se O permitimos. Temos um grande poder à nossa disposição! O que nos impede de usá-lo como deveríamos?
Ano Bíblico: Gl 1–3

Quinta-feira
Espírito de adoção

7. Em Romanos 8:15, como Paulo descreveu o novo relacionamento com Deus? Qual esperança encontramos nessa promessa? Como a tornamos real em nossa vida?

O novo relacionamento é descrito como a libertação do medo. Um escravo vive cativo, temendo seu senhor constantemente. Não ganha nada por seus longos anos de serviço.
Não é assim com aquele que aceita Jesus Cristo. Primeiramente, ele presta um serviço voluntário. Em segundo lugar, ele serve sem medo, pois “o perfeito amor lança fora o medo” (1Jo 4:18). Terceiro, adotado como filho, ele se torna herdeiro de uma herança de valor infinito.
“O espírito de escravidão é gerado quando se procura viver de acordo com a religião legal, pelo esforço para cumprir as reivindicações da lei em nossa própria força. Há esperança para nós somente ao nos colocarmos sob a aliança abraâmica, que é a aliança da graça pela fé em Cristo Jesus” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1198).

8. De acordo com Romanos 8:16, o que nos dá a certeza de que Deus realmente nos aceitou como filhos?

O testemunho interior do Espírito confirma nossa aceitação. Embora não seja seguro prosseguir apenas pelo sentimento, aqueles que seguem a luz da Palavra de acordo com sua melhor compreensão ouvirão uma voz interior certificadora lhes assegurando que foram aceitos como filhos de Deus.
Na verdade, em Romanos 8:17, Paulo nos diz que somos herdeiros; isto é, somos parte da família de Deus e, como herdeiros e filhos, recebemos uma herança maravilhosa do nosso Pai. Não a obtemos; ela nos é dada em virtude da nossa nova condição em Deus, um status concedido a nós por meio de Sua graça, que nos foi disponibilizada por causa da morte de Jesus em nosso favor.

Você está perto do Senhor? Você realmente O conhece ou apenas sabe sobre Ele? Quais mudanças deve fazer em sua vida para ter uma caminhada mais próxima com seu Criador e Redentor? O que o impede? Por quê?
Ano Bíblico: Gl 4–6
Sexta-feira

Estudo adicional
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“O plano da salvação não oferece aos crentes uma vida imediata livre de sofrimento e provações. Pelo contrário, convida-os a seguir a Cristo no mesmo caminho de abnegação e opróbrio […]. Mas é por essas provas e perseguições que o caráter de Cristo é reproduzido e revelado em Seu povo […]. Ao compartilhar dos sofrimentos de Cristo, somos educados, disciplinados e preparados para compartilhar as glórias futuras” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 625).

“A corrente que desce do trono de Deus é extensa o suficiente para alcançar as maiores profundezas. Cristo é capaz de levantar os mais empedernidos pecadores de sua degradação e colocá-los onde possam ser reconhecidos como filhos de Deus, herdeiros com Cristo da herança imortal” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 229).

“Alguém honrado por todo o Céu veio a este mundo para, revestido da natureza humana, postar-Se à frente da humanidade, testificando aos anjos caídos e aos habitantes dos mundos não caídos que, pelo auxílio divino provido, todos podem andar na vereda da obediência aos mandamentos de Deus […]. Nosso resgate foi pago pelo nosso Salvador. Ninguém precisa ser escravizado por Satanás. Cristo está presente, como nosso Ajudador todo-poderoso” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v 1, p. 309).

Perguntas para discussão
1. Leia novamente as citações de Ellen G. White acima. Qual esperança encontramos nelas? Como tornar reais em nossa vida essas promessas de vitória? Por que, com tantas coisas oferecidas a nós em Cristo, continuamos muito aquém do que realmente poderíamos ser?
2. Como você pode se inclinar para as coisas do Espírito diariamente (Rm 8:5)? O que isso significa? O que o Espírito deseja? Quais coisas tornam isso difícil de alcançar em sua vida?
3. Estamos de um lado ou do outro no grande conflito. Não há meio-termo. Quais são as implicações desse fato difícil? A percepção dessa importante verdade pode afetar nossa maneira de viver e as escolhas que fazemos, mesmo nas “pequenas” coisas?
Marcos 16:15